segunda-feira, 1 de outubro de 2012

DIA 1

Olá, eu me chamo Camila. Tenho 17 anos (1 mês e 7 dias para os 18), e há exatos 30 dias eu terminei meu namoro de 1 ano e 3 meses. Hoje eu vejo que eu preciso seguir em frente, e que pra isso eu preciso desabafar. Eu sempre fui boa com as palavras, mas só na hora de escrever, porque na hora de usar as palavras pra falar eu sempre falo demais, ou não falo o suficiente. Então como parte do 'processo de cura' eu vim aqui, contar a minha história de amor pra vocês.
Não esperem um final feliz. Já adianto logo que essa história não tem um.  E o mais importante: Não me julguem. Pois garanto que tudo o que eu fiz foi por amor.

Ano passado (2011) me mudei de colégio. Era o meu último ano antes da faculdade, e eu tinha grandes expectativas quanto àquele ano. Sinceramente, acho que elas foram atendidas. 
Foi logo no primeiro dia de aula que eu o vi. Ele se sentou do meu lado direito na sala de aula, e eu me lembro de pensar que eu não estava bonita o suficiente pra chamar a atenção dele. E que ele estava no meu lado direito, ou seja, logo do lado onde eu me acho mais feia. Na minha cabeça, tudo conspirava contra mim. Meu cabelo estava horrível, eu não conhecia ninguém naquela sala nova, eu era a garota calada na sala enquanto todos conversavam sobre as férias, e ainda por cima o cara que eu achei gato havia se sentado do meu lado, mas eu torcia pra que ele não me olhasse, porque, como eu disse, ele me veria pelo meu ângulo mais feio. 
Durante as aula uma garota sentada atrás dele o abraçava ou fazia carinho em sua nuca. Eu não pude deixar de reparar. E na hora eu pensei: namorada. Na verdade, dias mais tarde eu descobri que ela era a Cláudia, uma amiga dele. E sim, somente amiga. 
Na aula de química 1, a professora Roze fez uma brincadeira boba com o tal garoto, e ele sorriu. Ele sorriu. Acho que naquele momento eu me apaixonei, só não sabia disso ainda. Lembro de pensar que aquele era o sorriso mais lindo que já vi (e o sorriso é a primeira coisa que reparo em um cara). 
Eu nunca fui do tipo que dá mole pra um cara, à menos que eu esteja realmente interessada nele e que o conheça antes de mais nada (ainda sou assim). Mas a ideia de dar mole pra ele parecia completamente certa. Só que na minha cabeça: ele tinha namorada. 
Então por mais que eu tivesse ficado encantada com o sorriso dele, ou com a forma como os olhos dele ficaram pequenininhos quando ele sorriu, ainda assim eu virei o rosto para o outro lado e fingi não ter me abalado, porque não sou do tipo que dá em cima do homem alheio. E rezo pra jamais ser deste tipo.
Naquele dia eu não tinha ideia de que eu havia conhecido o meu primeiro amor. 
Eu não sabia nem mesmo que ele se chamava Willyan

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