terça-feira, 30 de outubro de 2012

DIA 6

Voltamos a ficar por duas semanas exatamente, e no dia 25 de maio de 2011 nós começamos a namorar. Durante um festa que o nosso colégio estava promovendo como abertura dos Jogos Salesianos o Willyan me puxou pelo braço quando me viu perto das minhas amigas, me afastou do grupo e perguntou olhando no meu olho: Quer namorar comigo? 
Na hora eu lembro de ter dito sim e o beijado. Mas acho que essas foram minhas reações automáticas, porque eu simplesmente não podia acreditar que ele estava realmente me pedindo em namoro.
Foi um dos dias mais felizes que já vivi. Lembro de ter chegado em casa gritando pra todo mundo, meu pai, minha mãe e minha irmã, que estava namorando. Era tudo o que eu queria. E eu nem ao menos sabia que eu queria tanto namorar o Willyan até ter finalmente namorado. 
Durante os 9 meses que se seguiram ele foi simplesmente o cara perfeito. Atencioso, gentil, respeitador, carinhoso, romântico, fazia tudo por mim, doce, me tratava bem, o tipo de cara que faria todas as garotas sentirem inveja da mulher que o tem. E eu me sentia incrivelmente sortuda por tê-lo ao meu lado. 
Mas isso mudou quando entramos na faculdade. Ele começou a ter amizade com o Guilherme, o Pedro e o Lucas. O primeiro é um mulherengo, o segundo um maconheiro e o terceiro dirige da forma mais irresponsável que existe. Depois de ter se embrenhado no meio deste grupo ele simplesmente mudou. 
Talvez o fato dele ter ganhado um carro do pai assim que fez 18 anos também tenha colaborado, e o Willyan passou a se sentir "sufocado" com o namoro, achando que só teria liberdade soleitro. Pelo menos é isso o que ele diz pra todos. Como se quem tivesse terminado fosse ele. 
O fato é que eu não aguentei mais ele me tratando mal, sendo ignorante comigo quando eu só queria ajudar, me ofendendo na frente dos amigos dele como se achasse isso bonitos, Deus sabe muito bem o que ele fazia quando saia com o maconheiro da turma, e ainda por cima passou a sair sem me avisar (segundo ele, quando eu perguntava onde ele tava ou pra onde ele ia eu estava sufocando ele. Acho que toda namorada/namorado tem o direito de saber se seu namorado/namorada está em tal lugar e vivo). 
Então, no dia 1° de setembro deste ano eu terminei. O estopim de tudo foi um motivo banal, mas eu já estava tão cansada de ser tratada de forma inferior aos "amigos" que ele tinha conhecido à 6 meses, e não há 1 ano e 3 meses como eu, que eu simplesmente não podia aguentar mais nada. Eu fazia tudo pra ele, e ainda assim ele escolheu os três que não faziam nada por ele.
E então, em um sábado de manhã tudo acabou. Eu terminei. Terminei amando o Willyan. Mas terminei me amando acima dele. 

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Abrindo Parenteses

Hoje eu supostamente deveria postar a continuação do meu caso de amor. Mas não estou tão animada em continuar essa história ainda. Acho que talvez isso possa significar que o que passou não tem mais tanta importância pra mim como antes, talvez eu esteja... me libertando. 
O fato é que: segunda-feira minha ex-sogra veio conversar comigo por facebook, na verdade ela apenas postou um comentário em uma foto minha: "estou com saudade de você minha linda..."
Aquilo bastou para que eu sentisse saudade de toda aquela família com quem eu convivi durante tanto tempo. Chorei de saudade dela, do meu ex-sogro, do meu ex-cunhado, da avó do meu ex, e da vizinha do meu ex, mas (por incrível que pareça) não chorei de saudade do meu ex. 
Acho que estou finalmente entendendo que o melhor pra mim não é ele (pelo menos não da forma como ele estava quando nós terminamos, já que agora que eu não tenho conversado com ele eu não sei se ele mudou). O melhor pra mim ainda está por vir. 
Pela primeira vez eu chorei me sentindo bem e não mal. Chorei de saudade de pessoas que não me fizeram sofrer, como ele fez. De pessoas que me acolheram e que sempre terão um lugar muito especial no meu coração e na minha memória. 
E eu espero que eu continue assim. Nesse aprendizado constante, amadurecimento constante e libertação constante. 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

DIA 5

1 mês e 1 semana. 
Esse foi o tempo que demorou para o Willyan me pedir pra voltar.
Eu já não esperava mais esse tipo de atitude dele, embora ainda tivesse alguma esperança de que fosse acontecer...  O caso é que realmente foi uma surpresa o dia em que ele veio conversar comigo no msn e, depois de uma conversa sobre sobre coisas inúteis, chegamos ao assunto Nós
Mas por que ele quis voltar? 
Lá vai...!
Em um dia no colégio, o Brayan (amigo do Willyan, lembra?) me viu no corredor conversando com um amigo meu durante as aulas. E por algum motivo, que até hoje não consigo entender, ele imaginou que eu tivesse ficado com esse amigo meu. Por isso, quando ele entrou na sala de aula, foi logo contando para o Willyan. E foi depois de sentir ciúmes por eu ter ficado com outro, que o Willyan descobriu que gostava de verdade de mim. 
Com medo de que eu começasse a gostar do meu amigo com quem eu supostamente havia ficado, o Will me procurou, disse que gostava de verdade de mim e que queria voltar, e acabou que no dia seguinte nós estávamos juntos novamente. 
Mais uma vez eu fui fácil. Não banquei a difícil ou fiquei enrolando. Eu queria voltar, ele queria voltar. Pra mim era matemática básica e fácil de ser solucionada. Não sou do tipo que fica fazendo c* doce quando quer algo. Não gosto de bancar a difícil quando eu estou afim também. Então acho justificável o fato de eu ter sido fácil. 
Independente disso tudo, depois que a gente voltou o Willyan estava mais carinhoso, mais próximo, mais romântico, enfim, tudo o que eu tinha sido com ele na primeira vez em que a gente estava ficando, mas que ele não tinha valorizado. 
E foi com esse jeito mais único que ele me conquistou. Demonstrando carinho na frente de qualquer pessoa, não se importando com a opinião dos amigos dele (que diziam ele era um pau mandado), me tratando bem, cuidando de mim, me dando toda a atenção que ele tinha, e até mesmo trocar os amigos dele por mim ele trocou (uma vez que ele não mais andava com os garotos no intervalo, mas sim comigo). 
Ele foi tudo o que eu sempre quis. Tudo o que qualquer garota sempre gostaria. E acho que pensar que hoje ele é completamente o contrário disso tudo é o que mais dói. 
Pensar que ele mudou quase 100% e se esqueceu de tudo o que a gente viveu. Dói pensar que dessa vez eu é quem fui trocada pelos amigos (e como eu já disse, nem foi pelos VERDADEIROS amigos).

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

DIA 4

Nós ficamos 'ficando' durante 2 semanas e 3 dias. Durante 2 semanas e 3 dias eu fui o exemplo de como uma garota jamais deve se comportar: eu corria atrás!
Foi o primeiro cara pelo qual eu realmente corri atrás. Ele não precisava me procurar no intervalo, porque eu sempre estava procurando por ele primeiro. Ele não precisava vir puxar assunto comigo, porque eu sempre achava um motivo pra puxar assunto com ele. Enfim, eu simplesmente não me dava valor. E consequentemente, ele também não dava.
Um dia eu simplesmente disse pra mim mesma: "Parei! Agora quem tem que vir é ele". O problema é que ele não veio. 
Durante um final de semana inteiro ele não falou comigo, e na segunda-feira ele nem se quer me procurou. Meus amigos já começaram a me perguntar se a gente não estava mais junto, porque a gente não tinha se falado naquele dia. Eu não sabia o que dizer, então eu ria e respondia: "Estamos, por quê?" Como se eu não tivesse notado nada de diferente. Mas eu tinha notado. 
Foi por isso que no final da aula eu fui atrás dele e perguntei com toda a cara de pau: "Willyan, você quer terminar comigo?".
Eu não imaginava que a resposta dele seria.
- Quero. Como você sabe?
Aquilo me quebrou um pouco (na verdade muito, mas eu jamais admiti isso pra ele), porque eu nunca havia levado um fora antes e porque eu gostava de ficar com ele (outra coisa que eu jamais admiti). Mas eu não era louca por ele ainda, então eu simplesmente levei na boa, disse que estava tudo bem, a gente se abraçou, e eu fui embora. 
Eu gostava dele, mas eu não queria mais gostar. 
No dia seguinte ele nem olhou na minha cara (como ele faz hoje em dia), e aquilo me fez pensar que ele era muito criança (como eu penso hoje em dia). Mas ainda assim eu não parei de gostar dele, apenas ignorei. (como acontece hoje em dia). 
Mas na mesma semana a gente já voltou a conversar, a se tratar normalmente e até a brincar. (o que não acontece hoje em dia).
Durante 1 mês e uma semana eu escutei músicas românticas com o Rômulo (meu amigo) jurando de pé junto que não estava apaixonada. Vi o Willyan abraçando ou conversando com outras e fingia não ligar ou não pensar que ele poderia estar ficando com aquela ali. Às vezes eu tentava interpretar cada ação dele como ele me dizendo que ainda estava interessado, só pra ainda ter esperança. Eu abracei, brinquei e ri com ele, sempre botando na cabeça que era só amizade, mas sempre tendo um pouco de esperança de que iríamos voltar. 
Mas isso durou só um mês e uma semana. Durou até o dia em que ele pediu pra voltar. (coisa que não vai acontecer).

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

DIA 3

Gosto de pensar que o Brayan podia ver o que a gente tinha antes mesmo de a gente saber. Talvez ele só estivesse nos provocando (o que é BEM provável), mas aquela foi a primeira vez que ele agiu como o nosso cupido. E ele agiria desse jeito mais vezes no futuro. 

De qualquer forma, daquele dia em diante eu passei a pensar no Willyan de outra forma. Passei a me interessar realmente nele. E todos percebiam que tinha alguma coisa acontecendo entre a gente, mas eu sempre negava. Sempre que alguém perguntava: "ei, você e o Willyan estão se pegando?", ou "o que tá rolando entre vocês dois?", ou ainda "você está afim do Willyan, não está?", a resposta era sempre: "Nós somos só amigos".
Os beijos no pescoço continuaram, as conversas também, os abraços também, e as brincadeiras também. Até que um dia a gente se beijou. 
Tudo começou com mais um beijo no pescoço, mas dessa vez ele quis me beijar, e estava na cara que eu também queria. Claro que mais uma vez o Brayan e o Cunha (outro amigo do Will) estavam dando uma de cupido e empurrando o Willyan pra cima de mim. 
Sinceramente, não vou dizer que foi o melhor beijo do mundo. De todos os caras que já beijei o melhor de todos foi o Iury, porque a gente simplesmente... combinava nesse sentido (INFELIZMENTE). Mas eu estava tão afim do Willyan que eu simplesmente não liguei. Todos os caras que beijei eu sempre fazia com que eles acompanhassem o meu jeito de beijar, mas com o Will foi diferente, eu quis acompanhar ele. E ele queria me acompanhar. (Bom, pelo menos foi isso que ele me disse depois que a gente terminou). Então o problema do nosso beijo talvez tenha sido esse: ninguém comandava, os dois só seguiam. 
Depois daquele beijo de tarde no colégio, eu achei que a gente fosse ficar novamente só em outra ocasião quando estivéssemos sozinhos, ou quando o Brayan empurrasse o Will pra cima de mim novamente. Por isso, no dia seguinte de manhã, quando eu vi o Willyan no colégio e ele veio me abraçar eu não dei brecha pra que ele me beijasse, eu lembro de dar uma desculpa de que precisava falar com minha amiga e sair de perto dele. Passei o intervalo inteiro longe dele. Mas a tarde, quando ele me viu chegando no colégio ele se afastou dos amigos dele (coisa que hoje eu sei que ele jamais faria), parou no meio do corredor, e ficou olhando pra mim enquanto eu ia na direção dele. Quando eu cheguei perto o suficiente ele me beijou, disse "oi"...
...e sorriu.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

DIA 2

Como eu estava dizendo... 
Naquele dia eu conheci o Willyan, e me encantei logo de cara. Não acho que ele um dia tenha percebido o efeito que ele tinha em mim, nem mesmo durante o nosso namoro, porque nunca fui boa em demonstrar meus sentimentos.

Nas semanas que se seguiram eu fiz amizade com alguns amigos dele: o Tonetti, o Guilherme, e mais alguns outros. Eu conversava com todos eles, menos com o Willyan. 
A imagem que eu tinha dele era que ele era um galinha, e que sabia que as garotas babavam nele. Não sei porque, mas essa era a minha ideia sobre ele. Hoje vejo que eu estava completamente errada. Mas como ele simplesmente não conversava comigo, não havia com eu conhecê-lo melhor. 
Lembro de um dia em que ele foi sair da sala de aula correndo e sem querer chutou o meu pé. Ele voltou correndo, colocou as mãos em volta do meus rosto, beijou minha testa e disse: "oh, desculpa!". E depois disso ele simplesmente correu pra fora da sala outra vez.
Eu o amei tanto que ainda me lembro de todos esses detalhes. Detalhes que sei que ele não mais se recorda.
Acho que aquele chute no pé foi a melhor coisa que me aconteceu, porque a partir daquele dia o Willyan simplesmente pareceu notar a minha presença. Passou a me cumprimentar. E isso foi um pouco antes dele mudar de sala. Às vezes acho que se ele não tivesse chutado meu pé, ele teria mudado de sala e a gente jamais teria tido qualquer outro contato. 
Alguns dias depois disso ele me viu no intervalo e me cumprimentou. Não posso dizer que eu era louca por ele, porque o fato de a gente se falar ou algo assim não me fazia ficar nervosa. Mas eu gostava de ter a atenção dele.
Com o tempo a gente foi se cumprimentando mais vezes. Nunca conversávamos, só dávamos "oi" e um beijo um no rosto do outro. Depois disso cada um seguia seu rumo.
Não sei quando realmente o nosso relacionamento mudou, só sei que em um dia estávamos dando "oi" de 2 segundos e no outro dia eu estava beijando o pescoço dele pra fazê-lo arrepiar. 
Eu estava sendo muito fácil. Mas eu simplesmente não me importava. 
Claro que os beijos eram pura brincadeira de amigos. Da parte dele. Da minha parte eu não sei ao certo o que eram, se eu realmente queria ficar com ele desde aquela época, ou se essa era só a minha maneira de fazer amizade com ele. 
Acontece que os beijos no pescoço aumentaram o nosso nível de amizade. Agora a gente conversava quando estávamos no mesmo grupo de amigos e nos abraçávamos no corredor de vez enquanto. 
Até que um belo dia a gente se encontrou de tarde no colégio, e neste dia eu conheci o Brayan. Uma das pessoas mais legais e honestas que já conheci. Acho que isso tem a ver com o fato dele ser bem religioso... Enfim! Brayan era o melhor amigo do Willyan na época (uma pena que hoje em dia o Willyan não dê mais tanto valor ao Brayan como antes, acho que este sim era um verdadeiro amigo do Will). Durante uma conversa normal entre nós três, o Willyan fez uma brincadeira comigo: e estava sentada no chão apoiando as mãos atrás, no chão. Sem que eu percebesse ele se levantou, e puxou meus braços. Se ele não tivesse me segurado com certeza teria batido as costas no chão. Mas o Will me segurou. E depois do susto eu ri e brinquei com ele. Neste momento o Brayan disse:
- Cara, vocês parecem um casal.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

DIA 1

Olá, eu me chamo Camila. Tenho 17 anos (1 mês e 7 dias para os 18), e há exatos 30 dias eu terminei meu namoro de 1 ano e 3 meses. Hoje eu vejo que eu preciso seguir em frente, e que pra isso eu preciso desabafar. Eu sempre fui boa com as palavras, mas só na hora de escrever, porque na hora de usar as palavras pra falar eu sempre falo demais, ou não falo o suficiente. Então como parte do 'processo de cura' eu vim aqui, contar a minha história de amor pra vocês.
Não esperem um final feliz. Já adianto logo que essa história não tem um.  E o mais importante: Não me julguem. Pois garanto que tudo o que eu fiz foi por amor.

Ano passado (2011) me mudei de colégio. Era o meu último ano antes da faculdade, e eu tinha grandes expectativas quanto àquele ano. Sinceramente, acho que elas foram atendidas. 
Foi logo no primeiro dia de aula que eu o vi. Ele se sentou do meu lado direito na sala de aula, e eu me lembro de pensar que eu não estava bonita o suficiente pra chamar a atenção dele. E que ele estava no meu lado direito, ou seja, logo do lado onde eu me acho mais feia. Na minha cabeça, tudo conspirava contra mim. Meu cabelo estava horrível, eu não conhecia ninguém naquela sala nova, eu era a garota calada na sala enquanto todos conversavam sobre as férias, e ainda por cima o cara que eu achei gato havia se sentado do meu lado, mas eu torcia pra que ele não me olhasse, porque, como eu disse, ele me veria pelo meu ângulo mais feio. 
Durante as aula uma garota sentada atrás dele o abraçava ou fazia carinho em sua nuca. Eu não pude deixar de reparar. E na hora eu pensei: namorada. Na verdade, dias mais tarde eu descobri que ela era a Cláudia, uma amiga dele. E sim, somente amiga. 
Na aula de química 1, a professora Roze fez uma brincadeira boba com o tal garoto, e ele sorriu. Ele sorriu. Acho que naquele momento eu me apaixonei, só não sabia disso ainda. Lembro de pensar que aquele era o sorriso mais lindo que já vi (e o sorriso é a primeira coisa que reparo em um cara). 
Eu nunca fui do tipo que dá mole pra um cara, à menos que eu esteja realmente interessada nele e que o conheça antes de mais nada (ainda sou assim). Mas a ideia de dar mole pra ele parecia completamente certa. Só que na minha cabeça: ele tinha namorada. 
Então por mais que eu tivesse ficado encantada com o sorriso dele, ou com a forma como os olhos dele ficaram pequenininhos quando ele sorriu, ainda assim eu virei o rosto para o outro lado e fingi não ter me abalado, porque não sou do tipo que dá em cima do homem alheio. E rezo pra jamais ser deste tipo.
Naquele dia eu não tinha ideia de que eu havia conhecido o meu primeiro amor. 
Eu não sabia nem mesmo que ele se chamava Willyan
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