sexta-feira, 5 de outubro de 2012

DIA 2

Como eu estava dizendo... 
Naquele dia eu conheci o Willyan, e me encantei logo de cara. Não acho que ele um dia tenha percebido o efeito que ele tinha em mim, nem mesmo durante o nosso namoro, porque nunca fui boa em demonstrar meus sentimentos.

Nas semanas que se seguiram eu fiz amizade com alguns amigos dele: o Tonetti, o Guilherme, e mais alguns outros. Eu conversava com todos eles, menos com o Willyan. 
A imagem que eu tinha dele era que ele era um galinha, e que sabia que as garotas babavam nele. Não sei porque, mas essa era a minha ideia sobre ele. Hoje vejo que eu estava completamente errada. Mas como ele simplesmente não conversava comigo, não havia com eu conhecê-lo melhor. 
Lembro de um dia em que ele foi sair da sala de aula correndo e sem querer chutou o meu pé. Ele voltou correndo, colocou as mãos em volta do meus rosto, beijou minha testa e disse: "oh, desculpa!". E depois disso ele simplesmente correu pra fora da sala outra vez.
Eu o amei tanto que ainda me lembro de todos esses detalhes. Detalhes que sei que ele não mais se recorda.
Acho que aquele chute no pé foi a melhor coisa que me aconteceu, porque a partir daquele dia o Willyan simplesmente pareceu notar a minha presença. Passou a me cumprimentar. E isso foi um pouco antes dele mudar de sala. Às vezes acho que se ele não tivesse chutado meu pé, ele teria mudado de sala e a gente jamais teria tido qualquer outro contato. 
Alguns dias depois disso ele me viu no intervalo e me cumprimentou. Não posso dizer que eu era louca por ele, porque o fato de a gente se falar ou algo assim não me fazia ficar nervosa. Mas eu gostava de ter a atenção dele.
Com o tempo a gente foi se cumprimentando mais vezes. Nunca conversávamos, só dávamos "oi" e um beijo um no rosto do outro. Depois disso cada um seguia seu rumo.
Não sei quando realmente o nosso relacionamento mudou, só sei que em um dia estávamos dando "oi" de 2 segundos e no outro dia eu estava beijando o pescoço dele pra fazê-lo arrepiar. 
Eu estava sendo muito fácil. Mas eu simplesmente não me importava. 
Claro que os beijos eram pura brincadeira de amigos. Da parte dele. Da minha parte eu não sei ao certo o que eram, se eu realmente queria ficar com ele desde aquela época, ou se essa era só a minha maneira de fazer amizade com ele. 
Acontece que os beijos no pescoço aumentaram o nosso nível de amizade. Agora a gente conversava quando estávamos no mesmo grupo de amigos e nos abraçávamos no corredor de vez enquanto. 
Até que um belo dia a gente se encontrou de tarde no colégio, e neste dia eu conheci o Brayan. Uma das pessoas mais legais e honestas que já conheci. Acho que isso tem a ver com o fato dele ser bem religioso... Enfim! Brayan era o melhor amigo do Willyan na época (uma pena que hoje em dia o Willyan não dê mais tanto valor ao Brayan como antes, acho que este sim era um verdadeiro amigo do Will). Durante uma conversa normal entre nós três, o Willyan fez uma brincadeira comigo: e estava sentada no chão apoiando as mãos atrás, no chão. Sem que eu percebesse ele se levantou, e puxou meus braços. Se ele não tivesse me segurado com certeza teria batido as costas no chão. Mas o Will me segurou. E depois do susto eu ri e brinquei com ele. Neste momento o Brayan disse:
- Cara, vocês parecem um casal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

1 2 3 4